Os dilemas éticos no cinema: até onde a tecnologia pode ir?

Nos últimos anos, o uso de deepfake e CGI no cinema tem levantado debates intensos sobre ética e autenticidade. Essas tecnologias permitem recriar digitalmente atores falecidos, rejuvenescer estrelas e até gerar performances hiper-realistas sem a necessidade do intérprete original. Mas quais são as consequências dessa inovação?

De um lado, a tecnologia abre portas para narrativas mais imersivas e preserva o legado de grandes artistas. No entanto, muitos argumentam que isso pode desvalorizar o trabalho dos atores e comprometer a autenticidade das performances. Se um ator pode ser substituído por uma versão digital, quais serão os impactos na indústria e nos direitos trabalhistas?

Casos como a recriação digital de Peter Cushing em Rogue One: Uma História Star Wars e a polêmica sobre a digitalização de rostos no cinema reacendem a discussão: até onde isso deve ir? Com os avanços da IA, o risco de manipulação aumenta, tornando essencial definir limites claros para proteger os profissionais do setor.

Além disso, há questões legais e morais envolvidas. Quem detém os direitos sobre a imagem de um ator falecido? Como garantir que a inteligência artificial seja usada de forma ética, sem prejudicar artistas ou desvalorizar suas criações?

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